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Economia brasileira crescerá 0,7% em 2017, segundo Banco Mundial

Economia brasileira crescerá 0,7% em 2017, segundo Banco Mundial

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Novo estudo do economista-chefe para América Latina e Caribe também aponta expansão econômica de 1,5% na região, que passou seis anos em desaceleração.

Mariana Ceratti, de Washington, para a ONU News*

O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira, em Washington, que a economia da América Latina e do Caribe crescerá 1,5% em 2017 e 2,5% em 2018. A notícia chega após seis anos de desaceleração, incluindo dois de recessão, segundo o relatório do economista-chefe para a região.

Brasil e Argentina, que estão aos poucos saindo da recessão, têm papel modesto nesse novo momento regional: devem crescer 0,7% e 3%, respectivamente. Os maiores percentuais de expansão econômica vêm da América Central, do Caribe e do México.

Pobreza

Encontrar novos caminhos de crescimento é importante porque a desaceleração dos últimos anos afetou as conquistas sociais obtidas na primeira década dos anos 2000. A desigualdade parou de cair e 39% dos latino-americanos correm hoje o risco de voltar para a condição de pobreza.

Antes da crise, a América Latina e o Caribe haviam registrado resultados importantes no combate à pobreza. Entre 2003 e 2013, a maior parte da região passou a abrigar mais pessoas de classe média. No mesmo período, o percentual de extrema pobreza caiu pela metade e chegou a 11,2% da população.

Reuniões

Para crescer mais e reduzir a pobreza, é importante a região aumentar a integração comercial com o resto do mundo e economizar mais, bem como apoiar o desenvolvimento do setor privado. Isso ajudará a América Latina e o Caribe a depender menos dos preços das matérias-primas.

O relatório, lançado em meio às reuniões de primavera com o Fundo Monetário Internacional, FMI, também recomenda que a região invista em educação de qualidade, infraestrutura e eficiência dos serviços públicos.

*Reportagem do Banco Mundial Brasil 

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Novo estudo discute formas de tornar a América Latina menos dependente dos preços das matérias-primas. Foto: Banco Mundial