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Fome iminente pode prejudicar avanços na consolidação do Estado na Somália

Fome iminente pode prejudicar avanços na consolidação do Estado na Somália

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Pnud aposta em alargar assistência humanitária; país registou mais de 21 mil casos suspeitos de cólera e diarreia; cerca de 500 pessoas morreram desde janeiro devido ambas as doenças.

Eleutério Guevane, da ONU em Nova Iorque.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, na Somália, alertou que a crise de fome iminente e as questões humanitárias podem corroer progressos na consolidação do Estado e os ganhos feitos até este momento.

O diretor-adjunto da agência, David Akopyan, disse à ONU News que o país continua mal equipado para lidar com eventos climáticos extremos que têm impacto direto nas vidas das populações.

Assistência

Falando a jornalistas de Mogadíscio, o representante declarou que perante a atual crise de insegurança alimentar a única resposta é alargar assistência humanitária. Ele afirmou que a agência faz o possível para salvar vidas e evitar que ocorra situação de fome como a de 2011.

Akopyan mencionou áreas somalis que ainda são controladas por milícias locais, onde a insegurança dificulta a recuperação.

Mais de 6,2 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária em todo o país. Pelo menos 2,9 milhões de somalis enfrentam altos níveis de insegurança alimentar.

Mortos

A outra indicação de vulnerabilidade é a propagação de doenças como a cólera e a diarreia. Mais de 21 mil casos suspeitos foram registados este ano, com cerca de 500 mortos.

O Pnud revelou que cerca de 5,5 milhões de pessoas receberam água potável, alimentos e outras formas de assistência.

O apelo de  US$ 825 milhões feito aos doadores para este ano foi financiado em 70%.

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Pelo menos 2,9 milhões de somalis enfrentam altos níveis de insegurança alimentar. Foto: Unicef/Rich