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Guterres “profundamente perturbado” com alegações de ataque químico na Síria

Guterres “profundamente perturbado” com alegações de ataque químico na Síria

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Em nota, porta-voz do secretário-geral diz que ONU não tem como obter uma verificação independente dos relatos; segundo agências de notícias, pelo menos 58 pessoas morreram, na cidade de Idlib, no noroeste do país árabe.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

O líder das Nações Unidas, António Guterres, emitiu uma nota afirmando estar “profundamente perturbado” com relatos de um suposto uso de armas químicas num ataque aéreo na Síria.

O ataque teria ocorrido num bombardeio na área de Khan Shikhoun, no sul da cidade de Idlib, que fica no noroeste do país árabe.

Informações

Guterres expressou sinceras condolências aos sobreviventes do incidente e aos familiares das vítimas.

De acordo com a nota, as Nações Unidas não estão, no momento, em condições de verificar, de forma independente, os relatos.

A Missão de Inquérito da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opac, anunciou que começou a reunir informações para tentar apurar se as armas foram utilizadas na ofensiva.

O chefe da ONU lembrou que o Conselho de Segurança já havia declarado que o uso de armas químicas em qualquer lugar representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais, e uma violação séria do direito internacional.

Comissão de Inquérito

Segundo agência de notícias, dezenas de civis estão feridos após o ataque na cidade síria, que está sendo controlada por rebeldes.

Analistas dizem que este poderá ter sido o maior ataque químico na Síria, desde que a guerra começou no país, há seis anos.

A Comissão Internacional de Inquérito sobre a Síria, que é presidida pelo professor brasileiro, Paulo Sérgio Pinheiro, condenou o ataque, nos termos mais fortes. Em comunicado, a comissão lembrou que grande número dos mortos são crianças.

O grupo afirmou que tanto ataques com armas químicas como alvejar deliberadamente a postos médicos podem representar crimes de guerras e graves violações dos direitos humanos.

Leia e ouça:

Opac investiga alegações de ataque com armas químicas na Síria

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Meninos passam por prédios destruídos na cidade de Maarat al-Numaan, no governorado de Idlib. Foto: Unicef/Giovanni Diffidenti