Guterres visita Mossul e diz que mundo tem que prestar solidariedade
Secretário-geral afirmou que ameaças terroristas na cidade iraquiana são as mesmas que são vistas no mundo; chefe da ONU disse que pessoas devem viver em condições humanas.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*
O secretário-geral das Nações Unidas visitou esta sexta-feira iraquianos que fugiram de Mossul e vivem no acampamento de Hassam Sham, no norte do Iraque.
António Guterres declarou solidariedade aos que sofrem com as operações militares contra o terrorismo do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isis, “em condições difíceis” em Mossul.
Terrorismo
O chefe da ONU apelou a mais solidariedade da comunidade internacional.
Guterres destacou que todos os grupos terroristas estão hoje interligados. Ele reafirmou que é preciso solidariedade com os que libertam Mossul e os civis que estão sofrendo.
O secretário-geral defende mais cooperação dos países para garantir a proteção dos civis e, ao mesmo tempo, solidariedade com as vítimas e a criação de condições para a reconciliação.
Guterres quer um compromisso muito maior da comunidade internacional que vá além da generosidade. Para ele, isso é de interesse de todos porque as ameaças terroristas em Mossul são as mesmas vistas em todo o mundo.
Recursos
António Guterres destacou o que chamou “enorme esforço do governo regional do Curdistão, das ONGs e das agências da ONU mas disse faltarem recursos para apoiar essas pessoas.
Com o apoio, as vítimas devem viver em condições mais humanas, ter uma mínima compensação pelo sofrimento e ver criadas condições para reconciliação no nível de comunidades e nacional após a libertação total de Mossul.
Condições
Na sua intervenção, Guterres disse que o programa de ajuda aos deslocados só recebeu 8% dos fundos que precisa, o que revela a limitação de recursos em relação à tragédia que as vítimas enfrentam.
Guterres destacou que a solidariedade ao povo iraquiano e a Mossul não pode ser negada porque os soldados que agora combatem na área tentam garantir segurança em todo o mundo.
Para o secretário-geral, combater o terrorismo na cidade iraquiana é combater o terrorismo em qualquer lugar porque o problema tornou-se uma ameaça global.
*Apresentação: Mônica Grayley.
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