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Proteção de civis ameaçada na República Centro-Africana, alerta Ocha

Proteção de civis ameaçada na República Centro-Africana, alerta Ocha

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Escritório da ONU afirmou que três províncias estão sob risco de novo surto de violência como resultado de combates entre grupos armados; entre setembro de 2016 e fevereiro deste ano, mais de 100 mil novos desalojados foram registados.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assistência Humanitária, Ocha, alertou que províncias centro-africanas estão sob risco de um novo surto de violência como resultado de combates entre grupos armados. Trata-se  Ouaka, Haute Kotto e Mbomou.

Desde o início de março de 2017, a comunidade humanitária identificou novas ondas de deslocamento que precisam de necessidades urgentes. Esta nova piora acontece quando ainda são sentidas as consequências da violência que afetou o país entre setembro de 2016 e fevereiro deste ano.

Deslocamento

O Ocha alerta que em um curto período, mais de 100 mil novos desalojados foram registados.

O coordenador humanitário interino para a República Centro-Africana, Michel Yao, expressou grande preocupação com a proteção de civis e o uso sistemático de comunidades vulneráveis como alvo.

Ele pediu aos lados do conflito que coloquem a proteção de populações civis acima de tudo e deem prioridade ao diálogo político para que seja reduzido o sofrimento das pessoas afetadas pela violência.

Proteção

O coordenador humanitário também lembrou às partes do conflito de suas obrigações de proteger civis e fez um apelo para que não prejudiquem a liberdade de movimento dos atores humanitários.

Michel Yao reiterou os princípios de neutralidade e imparcialidade que sustentam a ação humanitária.

Crise ignorada

O representante alertou que com essa situação, a República Centro-Africana corre o risco de se tornar uma “crise crónica ignorada e negligenciada pelo resto do mundo”.

No fim do primeiro trimestre de 2017, apenas 5% do apelo humanitário de US$ 399,5 milhões havia sido financiado.

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Crianças em escola primária de campo de refugiados na República Democrática do Congo. Foto: Acnur/Sebastian Rich (arquivo)