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Moçambique encerra presença em evento sobre fundos para combater cancro

Moçambique encerra presença em evento sobre fundos para combater cancro

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Aiea apoiou encontro que abordou tratamento de refugiados; evento destacou aumento de iniciativas para travar cancros do colo do útero e cervical; países de rendas baixa e média recebem apenas 5% dos recursos globais contra a doença.

Eleutério Guevane da ONU News em Nova Iorque.

A Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, encerrou uma reunião que até esta quarta-feira juntou governos de países que tentam lidar com a subida dos encargos do combate ao cancro.

O evento de Cartum, no Sudão, abordou como financiar o controlo da doença com  ministérios da Saúde e das Finanças dos Estados-membros da Organização da Cooperação Islâmica e do Banco Islâmico de Desenvolvimento.

Doenças

Moçambique esteve no encontro como um dos 16 países de baixa e média rendas que beneficiam de um acordo para aumentar fundos de combate ao cancro. O entendimento entre o grupo de instituições foi assinado há cinco anos.

A ONU News conversou com o especialista moçambicano de combate à doença João Fumane. Falando de Maputo, o médico declarou que é preciso novas formas de abordar as doenças cancerígenas que tendem a aumentar.

Advocacia

“Mais importante que o financiamento para as atividades de rastreio, tratamento e de controlo é também necessário alocar uma parte para todas as atividades de advocacia. É importante que as pessoas não só tenham informação sobre o cancro mas, mais importante que isto, saber como evitar os casos evitáveis – como (lidar) com tabaco, com a alimentação correta e etc. Mas também (divulgar) como desconfiar precocemente e ir à procura de serviços de saúde.”

Na reunião da capital sudanesa foram analisadas propostas para o tratamento de refugiados e para aumentar os fundos para combater o cancro do colo do útero.

As outras iniciativas incluem fundos para formar oncologistas e técnicos de radiação, comprar e instalar máquinas de diagnóstico e radioterapia além de criar registos nacionais sobre o cancro.

Novos casos

Em 2016, as três entidades que organizaram a reunião concordaram em ajudar no combate à doença nos países de baixa e média rendas, que registam mais de metade dos novos casos.

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa do Cancro, o grupo de nações beneficia de apenas 5% dos recursos globais para lidar com a doença.

As propostas analisadas incluem planos para melhor detetar e tratar os cancros da mama e cervical, que são responsáveis por 83% de casos de doenças cancerígenas nas mulheres das nações em desenvolvimento.

Na reunião também participaram representantes da Organização Mundial de Saúde, do Banco Africano de Desenvolvimento e do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico.

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O Programa de Ação da AIEA para o Tratamento do Câncro apoia países de rendas baixa e média na implementação de programas nacionais de controle da doença. Foto: Aiea