Informe alerta que 70 milhões de menores podem morrer antes de atingir os cinco anos; taxas na África Subsaariana devem ser 10 vezes mais altas  que nos países ricos; Conselho de Direitos Humanos  debateu documento en Genebra.

Eleutério Guevane, da ONU News em Noav Iorque.

A alta comissária adjunta dos Direitos Humanos pediu esta segunda-feira que haja ação das crianças entre os que mais intervêm para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs.

O apelo de Kate Gilmore foi feito a governos e parceiros em Genebra, em sessão do Conselho de Direitos Humanos. Na reunião foi apresentado um estudo sobre os direitos da criança e a Agenda 2030 sobre o Desenvolvimento Sustentável.

Esforços

Gilmore disse que para salvaguardar o futuro do planeta, o futuro de todas as crianças deve estar estar na frente dos esforços para promover o desenvolvimento e a paz.

Ela explicou que pelo menos 70 milhões de crianças poderiam morrer antes de atingir os cinco anos, sem uma melhor compreensão e compromisso com os direitos infantis. Gilmore destacou que na África Subsaariana os menores poderiam morrer 10 vezes mais do que nos países ricos antes de chegar aos cinco anos.

O informe revela que perto de 91%  dos 2,2 mil milhões de crianças do mundo vivem em nações em desenvolvimento.

As previsões incluem mais de 60 milhões de crianças em idade escolar que podem estar fora da escola. Pelo menos 750 milhões de mulheres teriam passado pelo casamento infantil nesse período.

Avanços

Gilmore citou avanços na medicina que permitem que mais pessoas do que nunca estivessem vivas especialmente os muito jovens e idosos.

A mortalidade das grávidas e crianças baixou em cerca de metade e a esperança de vida aumentou a nível global para atingir “a população idosa mais alta na história humana.”

Com as conquistas que fizeram chegar a oportunidades sem precedentes, Gilmore defendeu que nos próximos 15 anos o mundo pode avançar para a paz, a segurança e o desenvolvimento inclusivos.

Pontes

Mas alertou para desafios do possível fracasso em políticas públicas para qualquer desses dois grupos ou se não for continuada a “construção de pontes entre eles”.

Num mundo com a grande proporção de crianças em países em desenvolvimento, 85% da população é jovem.

A vice-chefe dos Direitos Humanos disse que se não for superada a “divisão demográfica” entre um mundo avançado com mais idosos e mais jovens nos países em desenvolvimento a Agenda de Desenvolvimento Sustentável pode falhar.

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