Chefe humanitário da ONU pede mais verba contra a fome no Sudão do Sul
Stephen O’Brien está no país e visitou crianças severamente desnutridas; ele declarou que a situação é terrível; estado de fome foi declarado em várias áreas do país.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
Financiamento extra é necessário para evitar que centenas de milhares de pessoas não passem fome no Sudão do Sul, alertou este sábado o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários.
Stephen O’Brien passou o dia no sul do estado da Unidade, considerada uma das áreas mais violentas na luta por controle político no país. Ele encontrou-se com crianças severamente desnutridas e com pessoas que fogem dos confrontos e da violência sexual.
Situação imoral
O’Brien declarou que a situação é terrível e que “milhões de pessoas não conseguem receber ajuda humanitária” porque os lados em conflito não deixam. O representante da ONU afirma que isso é “imoral, ilegal e inaceitável”. Ele pediu acesso imediato a várias regiões no Sudão do Sul.
A ONU declarou estado de fome em algumas áreas do país no dia 20 de fevereiro. Isso significa que pessoas já começaram a morrer de fome. São 100 mil pessoas passando fome no país.
Mortes
Há falta de comida e a economia está em colapso devido aos confrontos entre as forças do Exército de Libertação do Povo do Sudão, Spla, leais ao presidente Salva Kiir, e ao Spla na oposição, que está ao lado de Riek Machar.
As organizações humanitárias pediram US$ 1,6 bilhão para fornecer assistência vital e proteção a quase 6 milhões de civis no Sudão do Sul.
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