Técnica nuclear vai combater mosca tsé-tsé na África Ocidental
Aiea e FAO financiaram novas instalações em Burquina Fasso para produzir 300 mil insetos esterilizados por semana; meta é travar o vetor da doença do sono; danos na agricultura chegam a US$ 4,5 mil milhões por ano na África Subsaariana.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
A África Ocidental conta a partir desta segunda-feira com as maiores instalações da região para criar insetos que serão aplicados numa técnica nuclear para acabar com a mosca tsé-tsé.
Trata-se do vetor da Nagana, também conhecida por doença do sono, que mata mais de 3 milhões de cabeças de gado por ano na África Subsaariana. A doença também afeta os seres humanos.
Esterilização
As instalações inauguradas em Burquina Fasso foram construídas com o apoio da Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, em cooperação com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.
Por semana, o local recém-inaugurado na cidade de Bobo-Dioulasso deverá produzir 300 mil moscas tsé-tsé masculinas esterilizadas, como tática para controlar a doença que é considerada uma das mais devastadoras de África.
Desenvolvimento
A doença do sono é responsável por perdas que chegam a US$ 4,5 mil milhões por ano na indústria agrícola africana.
O combate à mosca tsé-tsé é considerada uma grande preocupação no continente pelo seu impacto na agricultura e na pecuária, que limita os esforços de desenvolvimento.
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