OMS: Angola e RD Congo estão livres da febre amarela
Epidemia fica marcada por 965 casos confirmados e suspeita de centenas de mortos nos dois países; somente Angola registou mais de 4,3 mil pacientes suspeitos e 376 óbitos.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
Angola e a República Democrática do Congo, RD Congo, estão livres da epidemia de febre amarela que num ano provocou pelo menos 392 mortos.
A diretora regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, para África declarou o fim de “um dos maiores e mais difíceis surtos da doença nos últimos anos”, em nota emitida em Brazzaville, na República do Congo.
Pacientes
Matshidiso Moeti destacou a resposta “forte e coordenada” das autoridades nacionais, dos trabalhadores locais de saúde e dos parceiros para atingir o objetivo.
Os dois países confirmaram 965 casos, enquanto outros milhares foram considerados suspeitos. Angola registou um total de 4.306 pacientes suspeitos e 376 óbitos.
O país lusófono declarou-se livre da epidemia a 23 de dezembro, seis meses após ter detetado o último caso. A 12 de janeiro, a RD Congo completou um semestre sem a febre amarela.
Acesso
A vacinação de emergência a mais de 30 milhões de pessoas nos dois países é considerada “parte chave da resposta”, que até o fim do ano passado incluiu campanhas preventivas e de reforço em áreas de difícil acesso.
A iniciativa pretendia garantir a chegada da vacina às populações das áreas de risco. A resposta é considerada “sem precedentes” por ter esgotado por várias vezes as reservas globais de vacinas contra a febre amarela.
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