Ocha pede US$ 1,6 bilhão para ajudar Sudão do Sul
Dinheiro vai ser usado por organizações humanitárias para proteger 5,8 milhões de pessoas no país neste ano; desde o início do conflito em 2013, 3,4 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.*
O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, fez um apelo de US$ 1,6 bilhão para ajudar 5,8 milhões de pessoas no Sudão do Sul neste ano.
Segundo a agência da ONU, a situação humanitária no país piorou drasticamente devido a uma combinação de conflito, economia em declínio e impactos da mudança climática.
Violência sexual
Desde o início do conflito em dezembro de 2013, 3,4 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas.
Aproximadamente 1,9 milhão estão deslocados internos e 1,5 milhão fugiram para outros países. As organizações humanitárias calculam que 7,5 milhões de sul-sudaneses precisam de algum tipo de assistência e de proteção.
Várias atrocidades foram denunciadas, incluindo violência sexual generalizada. Insegurança alimentar e desnutrição aumentaram muito e o risco de as pessoas passarem fome é alto para milhares de pessoas que estão nas áreas de conflito.
Chuva
As agências humanitárias têm de usar um espaço muito curto de tempo para entregar os suprimentos de emergência pelas estradas durante o período de seca.
Quando a temporada de chuvas chegar, geralmente no mês de maio, é praticamente impossível usar as rodovias e toda a entrega de ajuda tem de ser feita por aviões, o que multiplica o custo das operações humanitárias.
O Ocha afirmou que em 2016 conseguiu levar suprimentos a mais de 5 milhões de pessoas e neste ano a meta é ajudar ainda mais. Para isso, a agência explica que é necessário mais dinheiro.
Neste momento, 137 organizações de ajuda, 55% a mais do que no ano passado, estão em operação no Sudão do Sul.
*Apresentação: Laura Gelbert.