RD Congo: Ocha teme que milhares não sejam atendidos após ataque a hospital
Um paciente e sua esposa foram atingidos por milícias após surto de violência da semana passada no leste; Ocha que partes em conflito respeitem Convenções de Genebra.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Escritório das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, Ocha, condenou “nos termos mais fortes possíveis” o ataque a uma unidade de saúde de referência que causou duas mortes na República Democrática do Congo, RD Congo.
Um paciente e a sua esposa foram assassinados por elementos de uma milícia que invadiram o Hospital Geral de Referência de Kiambi na quinta-feira. A região está situada na província oriental de Tanganica.
Assistência
O comunicado recorda que as estruturas de saúde e o pessoal médico são neutros e imparciais e “devem ser protegidos em todos os momentos”.
De acordo com o Ocha, se essa norma básica não for cumprida “privaria milhares de pessoas da assistência médica que é frequentemente essencial”.
O ato segue-se a uma onda de violência que começou na área de Manono. Pessoal médico também sofreu devido ao ataque ao seu posto de trabalho, situado a 130 km da área onde a violência é mais intensa.
Proteção
Após considerar a ação “hedionda e covarde”, o Ocha apelou às partes em conflito que respeitem as Convenções de Genebra “sem pré-condições”.
A nota destaca especialmente o artigo que “proíbe a morte e lesões corporais a pessoas que não participam diretamente em hostilidades, incluindo as que já depuseram as suas armas”.
A área sofre a ação da fação das milícias Mai-Mai, que reivindica a independência da província de Katanga.
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