Cidadãos expressam expectativas para reunião internacional sobre Guiné-Bissau
ONU apoia Simposio Internacional Enfrentar o Passado para Construir a Guiné-Bissau de Amanhã; guineenses disseram à ONU News que esperam ajuda para resolução dos problemas do país.
Amatijane Candé, de Bissau para a ONU News.
A Guiné-Bissau busca respostas para avançar no processo de reconciliação num simpósio internacional que decorre a partir desta quarta-feira. O evento é apoiado pelo Escritório da ONU através do Fundo de Consolidação da Paz.
Na capital guineense, a estudante Fatumata Seidi foi a primeira a dar a sua opinião à ONU News sobre o evento com o tema Enfrentar o Passado para Construir a Guiné-Bissau de Amanhã.
Diálogo
“É bom que o simpósio internacional termine com conclusões que permitam a Guiné-Bissau sair dessa situação de crise. Só com o diálogo que podemos virar a página na Guiné-Bissau”, revelou.
A meta do simpósio da Comissão para Organização da Conferência Caminhos para a Paz é aumentar a consciência nacional sobre a importância de lidar com o passado para resgatar o país do ciclo de instabilidade e conflito político e social.
Os outros objetivos são capacitar os delegados para uma conferência nacional e reforçar a importância da sua realização.
Valor
O professor da Informática, Eulávio Braima Camará apontou que a verdade é essencial para conseguir uma paz efetiva no país.
Já o agente policial Mamadou Candé quer que as contribuições dos participantes fiquem como legado do evento, que inclui figuras como o antigo presidente do Timor Leste, José Ramos Horta.
O Prémio Nobel da Paz representou o secretário-geral da ONU durante um ano e meio na Guiné-Bissau.
Experiências
“Espero que o simpósio lance bases para a paz e a estabilidade no país, que as contribuições dos participantes do simpósio deixem indicações claras aos guineenses sobre como tirar o país desta constante situação de crise”.
No evento será apresentado o relatório final da Comissão para a Organização da Conferencia Nacional.
As consultas envolveram mais de 3 mil pessoas e inspirou-se nas experiências de países como Timor-Leste e a Cote d’Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.
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