Acnur pede mais apoio internacional para refugiados no Líbano
Alto comissário Filippo Grandi visitou o Vale do Becá e encontrou famílias sírias que estão vivendo em tendas; governo libanês está precisando de US$ 2,8 bilhões para fornecer assistência humanitária e proteção aos refugiados.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
Após ter visitado a Síria, o alto comissário da ONU para Refugiados foi para o Vale do Becá, no Líbano. Filippo Grandi esteve em um assentamento informal, onde 60 famílias de refugiados sírios estão abrigadas em tendas.
Ele também visitou uma escola onde a maioria dos estudantes é da Síria. O chefe da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, aproveitou para pedir mais assistência internacional ao Líbano, que tem arcado com os custos de receber tantos refugiados: são mais de 1 milhão de sírios que fugiram para o país.
Apelo financeiro
O governo libanês lançou no mês passado um apelo de US$ 2,8 bilhões. O dinheiro é necessário para fornecer assistência humanitária e proteção aos sírios. A verba também é essencial para investimentos na infraestrutura pública do Líbano, inclusive em serviços de saúde e de educação, e para ajudar a economia local.
O chefe do Acnur afirmou que a situação humanitária dos sírios no Líbano “continua muito grave” e segundo ele, tanto os refugiados quanto as comunidades que os hospedam já estão atingindo o limite.
Filippo Grandi afirmou que o apoio internacional precisa redobrar, pois o “período é crítico”. Durante a passagem pelo Vale do Becá, o alto comissário da ONU também mencionou as incertezas enfrentadas pelos refugiados no Líbano, que fizeram pedido de reassentamento nos Estados Unidos.
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