Duas semanas de violência já desabrigaram dezenas de milhares que precisam de ajuda; aumenta número de refugiados sul-sudaneses nos países vizinhos; matas e pântanos servem de esconderijos em áreas remotas.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, revelou que o acesso humanitário continua “altamente restrito” afetando a prestação de ajuda essencial nas áreas sul-sudanesas da Grande Equatória e Unidade.
De acordo com a agência, a escalada de violência e os intensos combates ocorridos nas últimas duas semanas afetam gravemente os civis.
Selvas e pântanos
Dezenas de milhares de deslocados estão desabrigadas nos arredores das áreas de Yambio, Yei e Torit onde a situação de segurança limita o acesso humanitário. Várias delas escondem-se em matas e pântanos de áreas remotas.
Desde julho passado, mais de 250 mil pessoas abandonaram as suas casas após o início da violência na Grande Equatória.
Nos últimos 15 dias, o número de pessoas que atravessaram a fronteira para países vizinhos também aumentou principalmente para o Uganda e para o Quénia.
Programa de nutrição
O Unicef tem plano que pretende estender o programa de nutrição para essas áreas em colaboração com o Programa Mundial de Alimentação, PMA. A meta é dar resposta à situação que está em “níveis críticos”.
Uma equipa de avaliação no sul do estado de Unidade constatou que várias famílias sobrevivem principalmente de lírios de água e sementes de palmeira.
Com o impacto do tempo seco em cinco estados sul-sudaneses, falta água agravando a já frágil situação de segurança alimentar.
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