Perspectiva Global Reportagens Humanas

Nigéria: OIM aposta em chegar a mais vítimas após duplicar apoio no nordeste

Nigéria: OIM aposta em chegar a mais vítimas após duplicar apoio no nordeste

Baixar

Beneficiários foram afetados pelas milícias Boko Haram nos estados de Adamawa, Borno e Yobe; agência espera estender resposta com acesso a novas áreas;  crise humanitária da Nigéria é a maior de África.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Internacional para Migrações, OIM, duplicou o número de kits entregues para apoiar famílias de deslocados na Nigéria nos últimos dois meses.

Depois do sucesso alcançado entre novembro e janeiro, a aposta da agência “é fazer mais” para ajudar nigerianos afetados pelo conflito causado pelas milícias Boko Haram.

Resposta

O coordenador humanitário da agência no país, Fouad Diab, revelou que os mais de 70 mil beneficiários do auxílio refletem um aumento na capacidade de resposta à crise conhecida como a maior do continente.

Cerca de 15,5 mil famílias dos estados nordestinos de Adamawa, Borno e Yobe receberam colchões, cobertores, purificadores de água, redes mosquiteiras e outros bens essenciais.

Bens perdidos

A OIM revelou que vários desses beneficiários deixaram as suas casas para escapar das ações do Boko Haram ou perderam os bens quando as suas aldeias foram atacadas no nordeste.

Nos três estados, a agência presta assistência em 23 locais, mas ressalta que o desafio é chegar áreas de difícil acesso. As recentes melhorias na segurança tornaram possível a ação de trabalhadores humanitários nesses locais.

Na Nigéria, a OIM  constrói abrigos, gere acampamentos e coordena o apoio nas áreas de subsistência, saúde mental e psicossocial de comunidades afetadas. A agência faz também a monitoria dos deslocados em todo o nordeste.

*Apresentação: Denise Costa.

Notícias relacionadas:

Nove países negligenciados vão receber US$ 100 milhões das Nações Unidas

"Crianças ligadas a grupos armados precisam ser tratadas como vítimas"

Photo Credit
Assistência às famílias deslocadas na Nigéria. Foto:PMA/Adel Sarkozi