Até um terço de moradores de cidade iemenita foge de combates
A localidade de Al-Mokha interrompeu comércio e sistema de abastecimento de água; áreas urbanas da costa sofrem ataques aéreos, bombardeamentos e ação de franco-atiradores.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
As Nações Unidas alertaram esta terça-feira que várias agências precisam ter acesso a áreas onde decorrem operações militares na província iemenita de Taiz.
Em nota, o coordenador humanitário para o Iémen, Jamie McGoldrick, destacou que combates estão a forçar a fuga de mulheres de habitantes das cidades costeiras de Dhubab e al-Mokha.
Abastecimento
Em al-Mokha dezenas de civis morreram e vários outros ficaram feridos durante as ações que interromperam grande parte dos serviços como comércio e o sistema de abastecimento de água.
Até 30 mil pessoas podem estar sitiadas na área, o que equivale a um terço da população total. As vítimas precisam de proteção, alívio e assistência imediatos.
O representante expressou “extrema preocupação” com a segurança e o bem-estar dos civis numa área marcada por “ataques aéreos repetidos, bombardeamentos e atos de franco-atiradores”.
Fim da Escalada
Na segunda-feira, as Nações Unidas condenaram o ataque ao edifício do Comité para o Fim da Escalada e Coordenação situado na cidade de Dhahran.
O representante do secretário-geral da ONU no país, Ismail Ould Cheikh Ahmed, condenou o ato “nos termos mais fortes” e disse que ocorreu num momento em que surgem apelos para a restauração do fim de combates.
O edifício atacado deveria acolher o grupo que tem o mandato de acompanhar a interrupção das hostilidades e registar possíveis violações. A ONU revelou que mantém uma presença regular no local.
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