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Enviado pede eleição de presidente “sem manipulação e corrupção” na Somália

Enviado pede eleição de presidente “sem manipulação e corrupção” na Somália

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Representantes do Parlamento devem escolher novo líder no dia 8 de fevereiro; Conselho de Segurança discute situação somali esta sexta-feira; chefe da ONU no país revela prioridades na estabilização que incluem lidar com a seca, reforma da segurança e revisão da Constituição.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O Conselho de Segurança acompanhou esta sexta-feira o informe sobre a situação atual na Somália, que será apresentado pelo representante especial do secretário-geral das Nações Unidas no país.

Michael Keating contou à ONU News, em conversa antes da reunião, que um dos destaques do relatório será a eleição do presidente, agendada para 8 de fevereiro.

Processo

Ele destacou que a menos de duas semanas da escolha do novo líder somali é imperativo que o processo seja “conduzido de forma correta” e pediu que a “manipulação e corrupção sejam eliminadas”, para que dessa forma seja eleito um presidente legitimado pelo povo e pela comunidade internacional.

Keating considera que a recente escolha dos membros do Parlamento foi um “processo eleitoral exaustivo marcado por tentativas de corrupção, intimidação e perseguição”, mas com um desfecho que considerou “muito positivo”.

Liderança

Ele ressaltou que o papel da nova liderança é essencial para fazer frente aos desafios “prementes e graves”, onde a prioridade é lidar com a seca que considera “uma das piores desde 2011 e 2012”.

Keating indicou que as outras crises incluem a reforma da segurança, para a qual as partes envolvidas devem concordar em bases politicas para garantir a resolução de desentendimentos. Ele contou que o país tem seis ou sete conflitos interétnicos.

A outra necessidade urgente é a revisão da Constituição para “determinar a relação entre o Parlamento Federal e o Governo Federal, entre os poderes do primeiro-ministro e do presidente e das Câmaras Alta e Baixa”.

O representante considera que há também que dar primazia à partilha da renda e dos recursos no país do Corno de África.

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Foto: ONU/Loey Felipe