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Aiea ajuda a criar serviço para baixar cancro na Serra Leoa

Aiea ajuda a criar serviço para baixar cancro na Serra Leoa

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Doença foi declarada um problema de saúde pública; país regista 3 mil novos casos por ano; mais de 2 mil pacientes morrem durante o período; especialistas internacionais avaliaram áreas de prevenção, diagnóstico e cuidados.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, anunciou que ajuda o governo da Serra Leoa a criar um serviço de radioterapia e medicina nuclear em Freetown devido ao aumento de casos de cancro.

Segundo a agência da ONU, 3 mil pessoas desenvolvem a doença anualmente no país e mais de 2 mil perdem a vida durante o período. Os números levaram o governo a considerar a doença um problema de saúde pública.

Diagnóstico

Apesar de os casos serem evitáveis ou curáveis se descobertos cedo, a maioria dos pacientes vai ao médico quando a doença está em “fase muito avançada e em estágio incurável”. Um dos motivos é o acesso limitado aos serviços de diagnóstico precoce.

A Aiea destaca que a Serra Leoa não tem serviços de radioterapia e nem pode oferecer tratamento como cirurgia ou quimioterapia. O problema é agravado pela grave falta de recursos humanos e equipamentos médicos.

Sobrevivência

Com as limitações na oferta de cuidados do cancro, que incluem falta de pessoal qualificado, os doentes têm menor possibilidade de sobreviver quando têm os sintomas.

Depois de visitar o país, em dezembro, uma equipa com técnicos da Aiea, da Organização Mundial da Saúde, OMS, e do Instituto Internacional de Pesquisa do Cancro, Iarc, sugeriu um plano abrangente de controlo da doença

A estratégia com serviços paliativos e treinamento para profissionais de saúde pretende garantir que os pacientes recebam alívio efetivo da dor.

Contactos

A agência elogiou a atenção agora dada pelo governo ao problema, após anos de violência e de destruição na Serra Leoa. O grupo visitou instalações públicas e privadas, escolas médicas e manteve contactos com áreas de controlo de cancro.

Entre estas, o destaque foi para áreas de prevenção, diagnóstico precoce e cuidados paliativos.

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Alex Kanu (à esq.), diretor e cirurgião em hospital de Freetown, com Joel Yarney, especialista em tratamento do cancro e membro da equipe imPACT da Aiea. Foto: Aiea/M. Andre