Lançada estratégia para os refugiados e migrantes que estão na Europa
Acnur, OIM e mais 72 parceiros unidos para responder à crise; ideia é garantir que governos forneçam asilo e protejam civis; nos últimos dois anos, mais de 1,3 milhão de refugiados e migrantes chegaram ao continente europeu.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e a Organização Internacional para Migrações, OIM, estão lançando um plano para responder à situação dos migrantes e dos refugiados na Europa.
A nova estratégia é apoiada por mais 72 parceiros e busca reforçar iniciativas dos governos para garantir acesso seguro ao asilo e à proteção dos refugiados e dos migrantes.
Coordenação
As agências da ONU também querem soluções de longo prazo e um controle digno da migração na Europa. Essas serão as prioridades para 2017. O diretor do escritório do Acnur na Europa, Vincent Cochetel, declarou que nos últimos dois anos, o continente europeu recebeu mais de 1,3 milhão de refugiados e de migrantes.
Com isso, apareceram muitos desafios, inclusive como proteger os refugiados e os migrantes. O novo plano será essencial para garantir operações mais eficientes e uma resposta coordenada durante o ano todo, segundo o representante do Acnur.
Já o porta-voz da OIM, Leonard Doyle, afirma que existe uma preocupação especial com a vulnerabilidade e as necessidades das crianças e das mulheres.
Crianças
O plano sugere algumas soluções de longo-prazo: uma estratégia robusta de relocação dos refugiados; apoio para o retorno voluntário desses civis e alternativas legais de entrada na Europa, como reassentamento e reunificação familiar.
Outro foco é garantir uma resposta mais eficaz às crianças que chegam à Europa desacompanhadas. Só no ano passado, a Itália recebeu mais de 25 mil menores refugiados que estavam sem os pais ou responsáveis.
O plano busca tratar também as necessidades das pessoas que estão se movimentando de forma irregular dentro da Europa. A estratégia cobre Turquia, sul da Europa, oeste dos Balcãs, Europa Central, oeste e norte do continente. Serão necessários US$ 691 milhões, de acordo com o Acnur, que acredita que a novidade possa beneficiar 340 mil pessoas.
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