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ONU apoia líderes regionais nos esforços para acabar com crise na Gâmbia

ONU apoia líderes regionais nos esforços para acabar com crise na Gâmbia

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Cedeao enviou grupo de alto nível para convencer o presidente Yahya Jammeh a respeitar resultados eleitorais; Conselho de Segurança informe sobre situação em países como Guiné Conacri e  Cote d’Ivoire.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Um enviado da ONU disse que a Comunidade Económica Estados da África Ocidental, Cedeao, está pronta para enviar tropas para a Gâmbia se for preciso “para fazer respeitar os resultados das eleições presidenciais de 1 de dezembro.”

No Conselho de Segurança, o representante especial do secretário-geral para a região, Mohamed Ibn Chambas falou da ida à capital gambiana Banjul da delegação de alto nível na sexta-feira.

Dúvidas

A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental era convencer o presidente Yahya Jammeh a respeitar os resultados eleitorais e a deixar o cargo após a vitória de Adama Barrow no pleito.

Mohamed Ibn Chambas disse que a delegação pretende “não deixar dúvidas sobre a sua determinação em usar todos os meios necessários, incluindo a força, de modo que a vontade do povo gambiano seja respeitada.”

Chambas acrescentou que a entidade regional pensa em pedir o apoio do Conselho para a Paz e Segurança da União Africana e uma aprovação oficial do Conselho de Segurança para enviar tropas para a Gâmbia.

Opções

O responsável o reiterou o total apoio do escritório regional da ONU aos esforços de mediação da Cedeao e que vai “continuar a considerar todas as opções para garantir uma transferência pacífica do poder.”

Chambas revelou igualmente a sua preocupação com o possível adiamento das eleições agendadas para fevereiro na Guiné Conacri, devido à falta de consenso entre o partido no poder e a oposição sobre o sistema de votação.

O representante reiterou o apoio à consolidação democrática no Burquina Fasso que é considerado volátil em termos de segurança. Outro motivo de apreensão é a Cote d’Ivoire,  onde forças do exército tentaram controlar a cidade de Bouaké.

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Mohamed Ibn Chambas em discurso no Conselho de Segurança nesta sexta-feira, 13 de janeiro de 2017. Foto: ONU/Rick Bajornas