Guterres: Acordo em Chipre pode ser um "símbolo de esperança" para o mundo
Secretário-geral discursou após almoço com líder greco-cipriota Nicos Anastasiades e o líder turco-cipriota Mustafa Akinci; é a primeira vez que se sentam à mesa os dois representantes acompanhados dos países avalistas Grécia, Reino Unido e Turquia.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou na abertura da Conferência sobre Chipre que as partes envolvidas no encontro fizeram um grande progresso nas discussões realizadas nesta quinta-feira, em Genebra.
Esta é a primeira conferência internacional da qual Guterres participa desde que tomou posse no cargo. O secretário-geral falou a jornalistas ao lado do líder líder greco-cipriota Nicos Anastasiades e o líder turco- cipriota, Mustafa Akinci.
Segurança
O chefe da ONU disse que as partes estão muito perto de um acordo relacionado à criação de uma zona bilateral e comunitária, federal e institucional da República de Chipre. Guterres disse que a questão agora é definir os instrumentos que levarão à implementação deste acordo. Ele afirma que os instrumentos tem que atender às preocupações de segurança das comunidades turco-cipriota e greco-cipriota.
António Guterres lembrou ainda que é a primeira vez em que ambos os representantes acompanhados dos países avalistas: Grécia, Reino Unido e Turquia sentam-se à mesma mesa para debater um acordo.
Ele elogiou o que chamou de “determinação e coragem” dos líderes Nicos Anastasiasdes e Mustafa Akinci.
Consenso
Para Guterres, a questão agora é chegar a um acordo aceitável que deverá ser aprovado através de plebiscito pelos cidadãos turco-cipriotas e greco-cipriotas.
A ilha no Mediterrâneo está dividida há mais de 40 anos. O conselheiro especial da ONU para Chipre, Espen Barth Eide , afirmou antes do início da conferência sobre a possibilidade de um resultado “histórico” a ser alcançado.
Mapa
O conselheiro da ONU lembra que o líder greco-cipriota Nicos Anastasiades e líder turco-cipriota Mustafa Akinci estão comprometidos em encontrar uma solução para Chipre já há um ano e meio.
Os dois lados devem apresentar seus ideais de mapas para Chipre. Se tudo sair conforme o planejado, esses mapas vão para um cofre da ONU e serão avaliados por cartógrafos das duas delegações. Depois, deve ser produzido um mapa final para a unificação de Chipre.
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