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Migrantes morrem com temperaturas congelantes no Mediterrâneo

Migrantes morrem com temperaturas congelantes no Mediterrâneo

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Agência da ONU recebeu relatos de pelo menos quatro mortes na Bulgária e na Grécia; já no Líbano, dois refugiados sírios não sobreviveram ao tentar atravessar montanhas cobertas com neve.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Internacional para Migrações, OIM, está muito preocupada com milhares de migrantes e requerentes de asilo que estão enfrentando temperaturas congelantes na Europa e no Mar Mediterrâneo. Na Bulgária, por exemplo, os termômetros registram um frio de até 10 graus negativos.

Segundo a OIM, alguns países da Europa estão enfrentando as maiores nevascas e temperaturas geladas dos últimos anos. A agência da ONU para Migrações recebeu relatos de que várias pessoas perderam a vida por exposição ao frio.

Neve

Dois migrantes iraquianos foram encontrados mortos numa floresta da Bulgária, além de um somali que também morreu de frio no país. Já na Grécia, um afegão não sobreviveu ao frio extremo. No Líbano, dois refugiados sírios morreram enquanto atravessavam montanhas cobertas de neve.

A OIM também está preocupada com mais de 15,5 mil migrantes abrigados nas ilhas gregas, especialmente os que estão em locais atingidos por nevascas. A agência alerta que 6 mil refugiados sírios estão sem abrigo adequado para o inverno na Turquia, e a mesma situação está sendo enfrentada por 7,5 mil migrantes na Sérvia.

O diretor da OIM, William Lacy Swing, lembra ser essencial que o “mundo responda aos perigos da exposição ao frio extremo, fornecendo refeições, abrigo e outros recursos aos migrantes”. No ano passado, mais de 5 mil morreram tentando chegar à Europa.

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Milhares de migrantes e requerentes de asilo estão enfrentando temperaturas congelantes na Europa e no Mar Mediterrâneo. Foto: OIM