Líder grego-cipriota e líder turco-cipriota estão em Genebra participando dos encontros mediados pela ONU; objetivo é alcançar um acordo sobre questões que têm causado divisões na ilha por mais de 40 anos.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.

Foram retomadas nesta segunda-feira, em Genebra, as discussões de alto nível para definir o futuro do Chipre. Os encontros são mediados pela ONU, com a participação do líder grego-cipriota Nicos Anastasiades e do líder turco-cipriota, Mustafa Akinci.

O principal objetivo das Nações Unidas é conseguir com que os dois lados cheguem a um acordo que ponha fim a mais de 40 anos de divisões na ilha do Mediterrâneo. Estão em jogo questões de segurança e uma compensação para pessoas que perderam suas terras quando precisaram abandonar suas casas em 1974.

Sem Garantias

O mediador das conversas é o conselheiro especial da ONU, Espen Barthe Eide. Segundo ele, houve progressos significativos para ultrapassar obstáculos, mas mesmo assim, não existe garantia de uma solução.

O representante da ONU afirma haver consenso de que chegou a “hora da verdade” e conta ter um senso muito forte de que um acordo será difícil, mas possível. Espen Barthe Eide explica que a dificuldade é que a maioria das questões já foi resolvida, e os temas mais complicados ficaram para serem discutidos por último.

As conversações em Genebra vão durar três dias e depois, as delegações de cipriotas gregos e turcos se reunirão com representantes da Grécia, da Turquia e do Reino Unido. O conselheiro da ONU explica que autoridades da União Europeia também estarão presentes, porque com um Chipre unido, o país poderá se tornar membro do bloco.

O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas anunciou que António Guterres estará em Genebra na quinta-feira, para participar e dirigir a Conferência da ONU sobre o Chipre.

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