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Equipes da OMS ajudam a salvar vítimas da violência em Mossul, no Iraque

Equipes da OMS ajudam a salvar vítimas da violência em Mossul, no Iraque

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Agência da ONU fornece atendimento, medicamentos e material para cirurgias; desde 17 de outubro, mais de 2,6 mil feridos receberam tratamento em Erbil, todos alvos dos confrontos em Mossul.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque. 

Desde o início das operações militares em Mossul, no dia 17 de outubro, a Organização Mundial da Saúde, OMS, vem apoiando o governo do Iraque na tarefa de salvar as vidas das vítimas da violência.

As equipes da OMS prestam atendimento médico e fornecem kits para cirurgias e medicamentos. Segundo a agência, o total de feridos na região está aumentando.

Traumas

Desde outubro, mais de 2,6 mil pessoas que sofreram traumas em Mossul foram atendidas em hospitais de Erbil, cidade próxima.

Um dos beneficiados pelo trabalho da OMS foi um menino de apenas quatro anos. Ele, o pai e mais três familiares estavam num ponto de distribuição de água quando foram feridos, na semana passada.

Uma ambulância militar os levou até um hospital de Erbil, onde foram atendidos pelas equipes da OMS. A médica Gona Jaafar, consultora da agência da ONU, conta que o menino chegou em estado crítico.

Ambulâncias

Segundo ela, ele tinha graves ferimentos no peito e no abdômen. O menor foi operado e se recupera agora. A família pretende retornar a Mossul, mas a OMS destaca que será uma tarefa difícil, porque muitas áreas estão inacessíveis e o nível de insegurança local é alto.

A OMS tem dezenas de ambulâncias atuando em Ninewa e Erbil, além de ajudar os funcionários de hospitais e fornecer remédios e suprimentos médicos. As cidades iraquianas recebem em média 30 pacientes por dia, a maioria com ferimentos causados por balas ou bombas.

O conflito em Mossul continua. Pela previsão da OMS, 40 mil feridos vão precisar de atendimento com urgência. A agência da ONU coopera com as autoridades de saúde do Iraque para montar mais clínicas e recuperar os principais hospitais localizados na linha de frente do combate.

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Menina iraquiana em acampamento para deslocados internos, no norte do Iraque. Foto: Ocha/Brandon Bateman