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ONU quer que grupos na Líbia resolvam diferenças pelo diálogo

ONU quer que grupos na Líbia resolvam diferenças pelo diálogo

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Representante especial para o país está preocupado com escalada das tensões e ameaças; Martin Kobler pediu às partes envolvidas na crise líbia que trabalhem juntas pela reconciliação.

Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.

O representante especial do secretário-geral da ONU para a Líbia, Martin Kobler, quer que as partes envolvidas no conflito no país “resolvam suas diferenças através do diálogo”.

Kobler, que também é chefe da Missão de Apoio da ONU na Líbia, Unsmil, disse que está preocupado com a escalada das tensões e das ameaças de uma retomada do conflito depois das ocorrências na região central do país.

Reconciliação

Ele pediu a todos os lados que trabalhem juntos pela reconciliação e que evitem discursos que possam “incendiar a situação”.

O chefe da Unsmil falou ainda sobre a necessidade urgente da renovação dos esforços para encontrar soluções políticas que permitam a implementação total do acordo político líbio.

Firmado em dezembro de 2015, o documento contém quatro princípios fundamentais: garantir os direitos democráticos da população e a necessidade de um governo de consenso baseado na separação de poderes.

Desafios

Além disso, deve ser criado um dispositivo de supervisão e equilíbrio entre esses poderes e a capacitação das instituições estatais, como o próprio Governo de Acordo Nacional, para que elas possam lidar com os desafios futuros.

Para Kobler, a “lenta implementação do documento tem sido motivo de preocupação”.

Em meados de 2016, o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que “a estrada para a paz é longa” e que os líbios ainda não atingiram a estabilidade e a segurança que merecem.

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O representante especial do secretário-geral da ONU para a Líbia, Martin Kobler. Foto: ONU/Manuel Elías