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Moçambique recebe fundos do Reino Unido para enfrentar estiagem

Moçambique recebe fundos do Reino Unido para enfrentar estiagem

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Valor anunciado pelo Unicef será investido até novembro de 2017; doação deve deve ajudar no tratamento da malnutrição; mais de  3 milhões de pessoas terão acesso a dados sobre água e melhores práticas de higiene. 

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Moçambique, Madagáscar, Malaui e Zimbabué vão beneficiar de uma doação de US$ 20,8 milhões para lidar com diversas dificuldades que surgem durante o pico da época de estiagem. O valor foi atribuído pelo governo do Reino Unido.

Os fundos anunciados esta semana devem ser investidos até novembro de 2017 nos quatro países da África Austral, que tiveram a “a pior seca” em décadas associada ao fenómeno climático El-Niño na região.

Morte

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, deve liderar as intervenções essenciais que pretendem evitar que piorem as situações da malnutrição, das doenças ou da morte de crianças.

O valor chega num momento marcado pelo “crescente número de crianças que desiste da escola devido à falta de água ou de necessidades prementes em casa”. Além disso, surtos de doenças como a cólera, a diarreia e a febre tifoide são relatados nos quatro países.

A secretária de Estado para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, Priti Patel,  disse que “mais de 37 milhões de pessoas estão sem alimentos em toda a África.”

Tratamento

Ela referiu que famílias enfrentam o perigo de perder as suas casas e os seus meios de subsistência devido aos efeitos da seca que tendem a piorar.

Com o auxílio, espera-se que 456 mil crianças sejam rastreadas da desnutrição aguda. Os casos moderados ou graves que forem identificados serão encaminhados e tratados.

Os fundos devem permitir também a formação de agentes de saúde sobre cuidados essenciais.

Higiene 

A doação deve ajudar a tratar mais de 65 mil crianças com diarreia, a pneumonia ou sarampo e apoiar 194 mil pessoas a ter acesso a água potável.

O plano da Unicef é permitir que 3,25 milhões de pessoas tenham informações básicas sobre nutrição, água e melhores práticas de higiene bem como HIV e a prevenção da infeção.

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Mais de 37 milhões de pessoas estão sem alimentos em toda a África. Foto: ONU/Tobin Jones