Estudantes cabo-verdianos podem ter disciplina no último ciclo do ensino pré-universitário; Angola e Moçambique foram exemplos para Programa de Cabo Verde; São Tomé e Príncipe deve implementar projeto-piloto em 2017.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Cabo Verde introduziu em 2016 a disciplina de empreendedorismo no ensino secundário, no fim de um projeto-piloto apoiado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, Unido, com fundos de Portugal.

Falando à ONU News, da Cidade da Praia, o coordenador da agência no país, Rui Levy, disse que o Programa de Currículo para o Empreendedorismo pode inspirar outras nações.

Competências

“A nível de todas as escolas de Cabo Verde, 38, está a ser implementado o empreendedorismo no 11º. Próximo ano será implementado no 11º e 12º. É um ciclo para completar todo o programa, quer o ensino técnico quer o ensino secundário. Aqui, o que se pode esperar é terem esta disciplina que irá ajudar os alunos a ter estas competências empreendedoras, esta proatividade, esta atitude e este planeamento que depois irá servi-los para a vida e para a sua empregabilidade e para tudo o que quiserem fazer.”

São Tomé e Príncipe

O responsável disse que países lusófonos do continente aplicam ou devem iniciar experiências similares.

“Angola e Moçambique também serviram como exemplos para Cabo Verde. Recentemente, tivemos uma delegação de São Tomé e Príncipe que veio a Cabo Verde exatamente para conhecer a realidade: falar com os professores, os pais e os alunos, e agora vão iniciar a implementação neste próximo ano letivo em fase experimental também.”

A Unido considera que estes “resultados foram muito acima das expectativas”, após a experiência em 12 escolas em Cabo Verde.

Depois de o Ministério da Educação de Cabo Verde ter decidido expandir o programa para todo o país, a expectativa é “apoiar a criação de negócios na geração jovem com vista ao avanço do arquipélago”.

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