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Trabalhadores humanitários raptados em novembro são libertados no Sudão

Trabalhadores humanitários raptados em novembro são libertados no Sudão

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Grupo foi raptado na área de Darfur; Acnur promete continuar a trabalhar na entrega de apoio essencial a milhares de sudaneses; alto comissário para Refugiados apela ao respeito do direito internacional humanitário.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Três funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, foram libertados esta segunda-feira no Sudão.

Sarun Pradhan, Ramesh Karki e Musa Omer Musa Mohamed foram raptados a 27 de novembro na cidade sudanesa de El Geneína em Darfur.

Respeito

Esta terça-feira, o alto comissário para Refugiados, Filippo Grandi, emitiu uma nota na qual renova a seu apelo ao respeito do direito internacional humanitário por todas as partes no Sudão e no mundo.

O outro pedido é que estas garantam a proteção de “todos os civis, incluindo os funcionários humanitários que trabalham para ajudar refugiados e outros afetados por conflitos e perseguições.”

Grandi disse estar satisfeito com a libertação segura do pessoal da agência, tendo agradecido ao governo sudanês, aos membros da equipa de gestão de reféns da ONU e a outros pelo seu “trabalho incansável” no caso.

Sequestros, violência e ameaças

O chefe do Acnur destacou que o foco imediato está agora na saúde e no bem-estar dos funcionários e dos seus familiares estando a ser feito “todo o possível para garantir que estejam a ser bem cuidados”.

A nota destaca que o pessoal da agência atua em circunstâncias que chegam a ser “das mais difíceis do mundo”, a ajudar pessoas com grandes necessidades.

Estes têm que ficar muitas vezes longe de suas famílias por longos períodos expostos ao perigo de sequestros, da violência e de ameaças à vida.

O chefe do Acnur encerra a nota reiterando que a agência vai continuar a trabalhar no Sudão onde oferece apoio essencial a centenas de milhares de deslocados no país.

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Photo Credit
Filippo Grandi prometeu continuar a dar apoio do Acnur aos sudaneses. Foto: Acnur/Siegfried Modola