PMA recebe fundos para apoiar produção de 2,8 mil famílias em Moçambique
Japão ofereceu US$ 2,7 milhões à agência para ajudar agricultores; beneficiários devem chegar a 700 mil em 2017; Mali, Mauritânia e Níger recebem financiamento para manter transporte aéreo de alimentos.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, recebeu esta segunda-feira um donativo japonês para apoiar cerca de 2,8 mil famílias de agricultores das províncias moçambicanas de Gaza e Sofala, no sul e centro do país.
O anúncio de US$ 2,7 milhões foi feito esta segunda-feira pela representante da agência no país, Karin Manente.
Projetos
A responsável explicou recentemente à ONU News, em Maputo, como a agência prevê continuar a fazer a entrega de alimentos, refeições escolares e projetos do setor.
“A nossa proposta é ajudar o país a erradicar a fome e também tratar da desnutrição crónica nas crianças. Então, temos várias vertentes onde entramos e fazemos o apoio, onde o governo não pode fazer, onde as comunidades não podem fazer, entramos nós e ajudamos. Sempre visando trabalhar com as comunidades, com os parceiros para criar sustentabilidade também. Por exemplo, na área da merenda escolar, damos lanches escolares a crianças em várias províncias, inclusive Tete, vamos também expandir para outras províncias, Nampula, Zambézia, por exemplo, e lá compramos localmente a comida.”
A nota da agência sobre a mais recente doação revela que o PMA e parceiros querem ter um quarto a mais dos atuais beneficiários, atingindo 700 mil pessoas em 2017.
Necessidades
Mais de 1,4 milhão de moçambicanos enfrentam insegurança alimentar e o número pode subir para 2,3 milhões entre janeiro e março próximos.
Ao agradecer o apoio japonês, a chefe do PMA em Moçambique afirmou que o apoio era “um meio caminho andado para permitir que a agência atenda às necessidades dos mais vulneráveis e dê apoio para que os campos de tornem novamente produtivos”.
Sahel
Em nota separada, a agência anunciou disse ter recebido uma doação do Governo da Espanha para apoiar a gestão dos Serviços Aéreos Humanitários das Nações Unidas, Unhas, no Mali, na Mauritânia e no Níger.
A contribuição de € 300 mil deve ser dividida pelas três nações da região africana do Sahel para “manter o transporte aéreo regular entre as capitais e as áreas onde a assistência humanitária é necessária”.