Conselho de Segurança presta homenagem a Ban Ki-moon
Ban deixa o posto em 31 de dezembro após 10 anos como chefe da ONU; a partir desta quarta-feira uma pintura de seu retrato ficará exposta na sede da organização, em Nova York, ao lado de seus antecessores.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas prestou uma homenagem nesta quarta-feira ao secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, que deixa o posto em 31 de dezembro após 10 anos no cargo.
Ban afirmou estar honrado pelo tributo e defendeu que o “papel do Conselho em manter a paz e a segurança internacionais é tão intimidador e necessário quanto há 70 anos, quando a ONU foi fundada”.
Mulheres
O secretário-geral afirmou ter sido testemunha, ao longo da última década, da capacidade de pensamento inovador” do Conselho.
Ele citou que durante o seu mandato, o órgão criou mais de “uma dúzia de operações de paz e missões políticas especiais”, e ressalou a integração da questão de Mulheres, Paz e Segurança na agenda do Conselho.
O chefe da ONU encorajou o órgão a continuar seu “trabalho muito importante na área” e afirmou que seu sucessor, António Guterres, será um “aliado determinado”.
Conflito
Ban também saudou o progresso feito pelo Conselho de Segurança em abordar violência sexual em conflito.
Ele apelou ao órgão que continue seu trabalho para aprimorar “alerta e ação precoces incluindo através de um foco maior em direitos humanos e um envolvimento mais profundo da sociedade civil”.
O secretário-geral enfatizou ainda que o “Conselho é mais forte quanto está unido” citando, entre outros exemplos, a criação da Missão para combater a epidemia de ebola na África Ocidental, Unmeer.
Síria
No entanto, Ban declarou que seu “mais profundo pesar” ao deixar o cargo é o “contínuo pesadelo na Síria”. Mais uma vez, ele pediu a todos no órgão que “cooperem e cumpram com sua responsabilidade coletiva de proteger os civis sírios”.
Também nesta quarta-feira foi inaugurada uma pintura do secretário-geral Ban Ki-moon feita pelo artista sul-coreano Lee Won-Hee. O retrato ficará exposto na sede da organização, em Nova York, ao lado dos quadros dos antecessores de Ban como chefes da ONU.
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