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Ban: prioridade na Síria é “parar a carnificina”

Ban: prioridade na Síria é “parar a carnificina”

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Secretário-geral fez a declaração em reunião no Conselho de Segurança sobre a cidade de Alepo; ele pediu às autoridades sírias e seus aliados, Rússia e Irã, que cumpram com suas obrigações perante lei internacional.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a prioridade em Alepo, na Síria, “é parar a carnificina e fazer o possível para que as partes em conflito busquem uma resolução pacífica”. A declaração foi feita em pronunciamento esta terça-feira no Conselho de Segurança.

Ban pediu às autoridades sírias e seus aliados, Rússia e Irã, que respeitem suas obrigações perante a lei humanitária internacional e permitam que os civis que ainda estão na cidade possam deixar a região.

Acesso

Além disso, devem facilitar o acesso para todas as agências de ajuda humanitária e a entrega de assistência crucial para as pessoas necessitadas.

O chefe da ONU afirmou que “as leis de guerra e os direitos humanos universais devem ser respeitados”.

A declaração de Ban ocorre depois dos relatos de assassinatos e execuções sumárias de civis em Alepo por forças pró-governo sírio. Pelo menos 82 pessoas foram mortas por essas forças, incluindo mulheres e crianças.

Segundo o Escritório de Direitos Humanos da ONU, muitos corpos estão espalhados pelas ruas no leste de Alepo.

Vitória militar

Para Ban, Alepo deve representar o fim da busca por uma vitória militar e não o início de uma ampla campanha num país destruído por uma guerra de cinco anos.

Em meio à preocupação internacional pela tragédia em Alepo, o secretário-geral disse que nas últimas 48 horas o mundo assistiu a quase o colapso total das frentes militares de oposição, deixando-os com apenas 5% do território da cidade.

Ban afirmou que “todos puderam ver vídeos chocantes de um corpo sendo queimado nas ruas” e os relatos de pessoas sendo executadas em quatro bairros de Alepo.

O chefe da ONU pediu a todas as partes o fim imediato da violência e acesso humanitário total através de negociações sem precondições.

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Ban Ki-moon no Conselho de Segurança nesta terça-feira. Foto: ONU/Amanda Voisard