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ONU pede fim da tolerância ao abuso e à exploração de crianças

ONU pede fim da tolerância ao abuso e à exploração de crianças

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Este 2 de dezembro é Dia Internacional para a Abolição da Escravidão; neste ano, as Nações Unidas focam na eliminação do trabalho infantil; 21 milhões de pessoas no mundo são vítimas do trabalho forçado.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Dois de dezembro é o Dia Internacional para a Abolição da Escravidão e o secretário-geral da ONU divulgou, esta sexta-feira, uma mensagem sobre o assunto.

Ban Ki-moon pede ao mundo reflexão sobre os progressos em prol da eliminação da escravidão, do trabalho forçado, do trabalho infantil, do casamento forçado e do tráfico humano.

Milhões de vítimas

Segundo ele, é possível obter motivação com as leis e políticas de combate às formas modernas de escravidão e com o aumento da conscientização pública sobre a questão.

Mas Ban Ki-moon lembra que 21 milhões de pessoas no mundo são vítimas do trabalho forçado, de acordo com estimativas da Organização Internacional do Trabalho.

Essas vítimas enfrentam exploração, abusos e violência, inclusive sexual. Quem fica mais vulnerável são as mulheres, as crianças, os povos indígenas, as minorias e as pessoas de ascendência africana.

Menores de idade

O secretário-geral destaca que o recente aumento “na criminalização da migração” deixou transparecer a vulnerabilidade dos civis que fogem de conflitos e de crises.

Especialistas da ONU em direitos humanos também divulgaram um comunicado sobre o dia internacional, afirmando não ser possível mais tolerar “os abusos e a exploração de crianças como escravas da vida moderna”.

Os relatores defendem a reabilitação dos menores que são vítimas e acesso à educação, garantindo que as crianças conheçam os seus direitos.

A nota é assinada pela presidente do Fundo Voluntário da ONU sobre formas contemporâneas de escravidão, Nevena Vučković-Šahović, e pela relatora especial sobre formas modernas de escravidão, Urmila Bhoola.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável pede à comunidade internacional “ação imediata e medidas eficazes para erradicar o trabalho forçado, a escravidão moderna e o tráfico humano”.

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Foto: Ohchr