Dois integrantes das Farc morreram na cidade em 13 de novembro; mecanismo da ONU que monitora acordo concluiu que houve várias brechas que constituem violações; serão feitas recomendações ao governo.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O mecanismo da ONU que monitora o acordo de cessar-fogo na Colômbia concluiu, esta quinta-feira, as investigações sobre um incidente ocorrido no dia 13 de novembro.

Dois integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo, Farc-EP, foram mortos na cidade de Santa Rosa. Segundo a investigação, o “incidente violou o protocolo de cessar-fogo”.

Prevenção

Além da ONU, o governo colombiano e as Farc-EP também fazem parte do mecanismo de monitoramento. Segundo o comunicado, o “mecanismo fará recomendações ao governo e às Farc-EP para que esse tipo de situação possa ser evitada”.

A nota também destaca que o fluxo de informação e de comunicação é vital para a coordenação entre os lados que assinaram o cessar-fogo e o mecanismo.

De acordo com a investigação, “a Força Pública da Colômbia abriu fogo contra os integrantes das Farc-EP sem ação prévia, pois tinha a convicção de que eles estavam executando uma ação contra o Exército de Libertação Nacional”.

Contribuições

Pelo protocolo, o governo colombiano prometeu “não entrar em contato armado com as Farc-EP”. O mecanismo da ONU também quer receber informações diretas dos civis e de organizações sociais que podem contribuir com a verificação do acordo de cessar-fogo.

Também nesta quinta-feira, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos elogiou a ratificação, pelo Congresso colombiano, da revisão do acordo de paz.

Zeid Al Hussein aproveitou para fazer um apelo ao governo, aos partidos políticos, incluindo a oposição, para que coloquem de lado suas diferenças e trabalhem pela rápida implementação do acordo com as Farc-Ep.

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