Ioga e falcoaria portuguesa declarados Patrimônio Cultural da Humanidade
Ao tomar a decisão, Unesco explica que filosofia por trás da prática secular nascida na Índia influenciou saúde, medicina, educação e artes; tradição da falcoaria portuguesa também existe há vários séculos.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, declarou que o ioga é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A decisão foi tomada esta quinta-feira, em Adis Abeba, na Etiópia, onde está reunido o comitê da agência.
Segundo a Unesco, a “filosofia por trás da prática secular influenciou vários aspectos da sociedade da Índia, em áreas como saúde, medicina, educação e artes”.
Poses e Meditação
Praticar ioga envolve uma série de poses, meditação, controle da respiração, mantras e outras técnicas que ajudam a “aliviar sofrimento e alcançar um estado de libertação”, de acordo com a Unesco.
Ao tomar a decisão, a agência da ONU lembra que desde jovens até idosos podem praticar ioga, que “não discrimina gênero, classe social ou religião”, tendo se tornado inclusive popular em vários países.
Falcoaria
A Unesco também declarou a falcoaria de Portugal, e de outros 17 países, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. De Lisboa, o presidente da Associação Portuguesa de Falcoaria, Pedro Afonso, explicou à Rádio ONU um pouco sobre a tradição.

Segundo Pedro Afonso, cerca de 100 falcoeiros praticam com regularidade em Portugal e o reconhecimento da Unesco demonstra a importância de se preservar a arte.
Além de Portugal, entre os 17 países que pediram à Unesco para incluir a falcoaria na lista de patrimônio estão Alemanha, Áustria, Bélgica, Itália, Marrocos, Paquistão, Síria e Espanha. Todos tiveram a solicitação aceita.
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