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Voluntários ajudam a implementar ODSs em Moçambique

Voluntários ajudam a implementar ODSs em Moçambique

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Programa das Nações Unidas conta com 23 profissionais no país africano; em todo o mundo, ONU tem 10 mil voluntários que prestam auxílio pela internet, além de 7 mil trabalhando em diversos países; este 5 de dezembro é o Dia Internacional do Voluntário.

Laura Gelbert, enviada especial da Rádio ONU em Maputo.

“Aplauso global, dê a mão, ajude os voluntários”, em tradução livre, é o tema deste ano do Dia Internacional do Voluntário celebrado nesta segunda-feira, 5 de dezembro.

As Nações Unidas contam com cerca de 12 mil voluntários na internet, além de 7 mil trabalhando ao redor do mundo em seus países de origem ou internacionalmente. Em Moçambique, são 23 profissionais dedicados a implementar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no país.

Moçambique

Um deles é o colombiano Sergio Fernández, que trabalha no Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef. Ele se dedica ao programa Wash, sobre água e saneamento.

Em Maputo, ele contou à Rádio ONU o que acha do trabalho como voluntário da organização.

“Tem sido uma experiência muito boa, tenho tido a oportunidade de aprender muitas coisas e, o mais importante, tens a capacidade de ajudar as pessoas, consegues ter um impacto na população de Moçambique. Tens a oportunidade de ajudar as pessoas, o principal, e tens a oportunidade de trabalhar com as Nações Unidas, conhecida pela qualidade e efetividade dos programas que tem.”

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O colombiano Sergio Fernández, que trabalha no Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef. Foto: Arquivo pessoal
Na entrevista, ele contou que falar português foi importante e influenciou na hora de ser selecionado para o posto.

Já Benjamin Kerchan, responsável pelo Programa de Voluntários das Nações Unidas, UNV, em Moçambique destacou a contribuição desses profissionais.

“Os voluntários das Nações Unidas que estão aqui e estão a trabalhar para Moçambique, estão a trabalhar em várias áreas: educação, agricultura, proteção das crianças, então, o trabalho que eles estão a fazer é muito importante para o país. O UNV está a dar uma contribuição para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”

Mulheres

A maioria dos voluntários vem de outras nações, mas também há os que nasceram no país onde servem. Este é o caso da moçambicana Adolores Guimarães. Ela integra a equipe da ONU Mulheres. Adolores contou à Rádio ONU o que significa para ela ser voluntária da agência e explicou por que decidiu se candidatar para o programa.

“Eu, quando inscrevi-me na ONU, nem foi tanto pelo primeiro passo de voluntário. Era a ONU. Queria pertencer à organização. Quando eu me apercebi o que era mesmo ser voluntário, eu vi que o voluntário é um colaborador igual aos outros, mas que tem que ter uma motivação acima do normal.”

Perguntada se vale a pena ser voluntária das Nações Unidas, ela foi enfática.

“Acredito que vale porque depois, por exemplo, na ONU Mulheres como trabalhamos com o direito das mulheres vamos vendo o resultado do nosso trabalho em pequenas coisas: senhoras que passam a ter informação que elas podem ter direito à terra do marido delas, se recorrerem ao Ipaj. Senhoras que passam a perceber que com o BI as filhas delas podem terminar o ensino secundário, então, aos poucos vamos percebendo que aquele dia que eu fiquei a fazer este ou aquele trabalho, para conseguirmos fazer esta atividade, teve um impacto na vida (de alguém).”

O voluntário colombiano Sergio Fernández lembra que para servir não existe barreira de idade.

“Recomendo a todas as pessoas, a idade não é importante: jovens, adultos maiores. Se as pessoas têm a oportunidade de ser voluntários, acho que é importante, sem dúvida. Não tem que pensar muito”.

O Programa de Voluntários das Nações Unidas, com sede na Alemanha, aceita voluntários em várias línguas incluindo o português. Para mais informações sobre o UNV acesse www.unv.org.

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A voluntária da ONU Mulheres em Moçambique Adolores Guimarães. Foto: Rádio ONU