Clínicas móveis irão beneficiar milhares de pessoas no leste de Mossul
Parceria da OMS e da Unfpa também inclui entrega de medicamentos, vacinação e serviços de saúde reprodutiva; agências da ONU calculam que 200 mil civis precisam de ajuda médica, além de 8 mil grávidas.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Duas agências da ONU estão reforçando os serviços de saúde em Mossul, no Iraque, para garantir atendimento a mais de 60 mil pessoas vivendo perto da linha de frente do conflito.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, enviou duas clínicas móveis para o leste da cidade. Esta foi a primeira vez que a ajuda médica chegou até a população da área desde junho de 2014.
Vacinas
O Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, utiliza as clínicas para fornecer serviços de saúde reprodutiva para mulheres e meninas. As agências calculam que 8 mil grávidas vão precisar de assistência na hora do parto e de cuidados com os recém-nascidos.
Mais áreas em Mossul devem se tornar acessíveis nas próximas semanas e a OMS e o Unfpa calculam que 200 mil iraquianos precisem de atendimento de saúde de emergência. Deste total, 40 mil pessoas devem fazer intervenções cirúrgicas e depois precisarão de cuidado hospitalar. Já 90 mil crianças têm que ser vacinadas.
Agentes Químicos
A OMS e o Unfpa estão restaurando os serviços na principal clínica de saúde no leste de Mossul, fornecendo também medicamentos para 350 mil pacientes. A agência da ONU já pré-posicionou 46 clínicas móveis, 45 equipes médicas e 26 ambulâncias em áreas do Iraque consideradas prioritárias.
A OMS também treinou 90 profissionais da área médica para tratar pessoas que possam ter sido expostas a agentes químicos.
A agência já pediu US$ 35 milhões para as ações na região, mas apenas 45% do valor foi financiado até agora. Segundo a OMS, mais de 1,5 milhão de pessoas em Mossul têm pouco ou nenhum acesso à ajuda humanitária desde junho de 2014.
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