ONU apoia programa de alfabetização de adultos em Moçambique
Garantir, até 2030, que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos sejam alfabetizados é uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4; Unesco apoia programas do governo moçambicano.
Laura Gelbert, enviada especial da Rádio ONU em Maputo.
Alfabetizar 44,9% de jovens e adultos em Moçambique é um desafio, segundo o diretor nacional para alfabetização e educação de adultos do Ministério da Educação, Laurindo Nhacune.
Projetos do Ministério da Educação de Moçambique estão a abordar a questão, uma das metas dos Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4.
“Atualmente, encontram-se inscritos nos nossos centros de alfabetização e educação de adultos cerca de 600 mil pessoas, jovens e adultos, na fase de alfabetização. Temos ainda cerca de 60 mil jovens e adultos que estão já na fase de pós-alfabetização”.
Iniciativa
Laurindo Nhacune afirmou que a Organização das Nações para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, “é uma grande parceira do Ministério da Educação” e citou algumas ações com o apoio da agência da ONU.
“Temos ainda com a Unesco um outro importante projeto, uma nova iniciativa, a iniciativa Malala. Essa iniciativa consiste, por um lado, os pais se alfabetizarem e, por outro, eles, juntamente com os seus filhos menores juntos poderem aprender. Designa-se essa iniciativa, portanto, de aprendizagem em família.”
Segundo o diretor, a iniciativa está no momento sendo realizada nas províncias de Maputo, no distrito de Boane, e na província de Nampula, a norte do país, nos distritos de Herate e Memba, a beneficiar cerca de 300 pessoas.
Garantir, até 2030, que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos, homens e mulheres, sejam alfabetizados e tenham adquirido o conhecimento básico de matemática” é uma das metas do ODS 4.
Mulheres
Segundo a chefe do departamento de pós-alfabetização do Ministério, Rosalina Machava, mais de 98 mil pessoas estão atualmente matriculadas em programas de pós-alfabetização. Entre eles, mais de 60 mil são mulheres.

Para ela, a realização de um ODS pode ajudar na de todos os objetivos a citar a alfabetização de raparigas inclusive como uma forma de “retardar os casamentos prematuros”.