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Unaids diz que mídia social é grande aliado no combate ao HIV/Aids

Unaids diz que mídia social é grande aliado no combate ao HIV/Aids

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Mundo tem 18,2 milhões de pessoas em tratamento; desde os anos 80, foram notificadas 78 milhões de infecções mais da metade perderam a vida para a doença; atualmente, 5,8 milhões de soropositivos têm mais de 50 anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

Um relatório lançado nesta segunda-feira revela que 18,2 milhões de pessoas fazem o tratamento do HIV. O aumento é de 1,2 milhão em relação ao fim de 2015, segundo o Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Aids, Unaids.

O estudo apresentado na capital da Namíbia, Windhoek, estima que 78 milhões de pessoas já foram infectadas e outros 35 milhões perderam a vida desde o início da epidemia na década de 80.

Mídia social

Em entrevista à Rádio ONU de Kiev, na Ucrânia, o vice-chefe do Unaids, Luiz Loures, afirmou que a mídia social é uma grande aliada no combate à doença entre os jovens.

Para o Unaids, as mortes relacionadas ao HIV baixam 45% por ano graças a um aumento consistente do tratamento. Em 2015, 1,1 milhão de pessoas perderam a vida ao contrário dos cerca de 2 milhões em 2005.

Somente no ano passado, 7,5 mil mulheres contraíram o HIV. O total de novas contaminações foi de 2,1 milhões.

O vice-diretor-executivo do Unaids, Luiz Loures, disse que o mundo só vencerá a doença se intensificar a prevenção.

“Só tratamento não vai nos levar ao fim. Temos que imediatamente rever como estamos nos movendo sob o ponto de vista da prevenção e a partir daí buscar formas inovadoras, conversar com as populações mais jovens por exemplo como podemos utilizar ao máximo a mídia social que é o que os meninos e meninas usam hoje como referência do ponto de vista de mensagem. Como podemos utilizar os jovens eles mesmo para nos ajudarem a entrar numa nova era de prevenção.”

Bebês

O outro desafio é em relação aos testes de HIV. Apenas quatro dos 21 países prioritários em África ofereceram testes a mais de metade dos bebês expostos ao HIV nas primeiras semanas de vida.

O relatório revela que as pessoas são vulneráveis ao vírus da Aids em certos momentos das suas vidas. O documento recomenda uma abordagem centrada no "ciclo de vida" para apoiar com medidas de prevenção a todos em todas as fases da vida.

Com o envelhecimento das pessoas que vivem com o HIV correm o risco de ter efeitos colaterais a longo prazo como a resistência aos medicamentos. Há também a necessidade de tratar outras doenças como tuberculose e a hepatite C.

O relatório  sublinha que  ter medicamentos antirretrovirais para os que precisam, tem um impacto significativo para prolongar a sua vida.

O ano de 2015 marca também o recorde de 5,8 milhões de pessoas com mais de 50 anos vivendo com HIV. O número deve subir se forem atingidas as metas de tratamento.

A objetivo da ONU é que 30 milhões de soropositivas recebam  tratamento até 2020.

*Apresentação:  Monica Grayley.

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Para o Unaids, as mortes relacionadas ao HIV baixam 45% por ano graças a um aumento consistente do tratamento. Foto: Uniads