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Apelo por mais fundos e inclusão no Dia da Industrialização de África

Apelo por mais fundos e inclusão no Dia da Industrialização de África

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Secretário-geral da ONU pede políticas transformadoras com efeito no setor privado, novas empresas e parcerias; continente é um dos que cresce mais rápido no mundo; idade média africana está abaixo de 20 anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

No Dia da Industrialização de África, assinalado este 20 de novembro, as Nações Unidas sensibilizam para a importância de mobilizar fundos para uma industrialização inclusiva e sustentável na região.

Para o secretário-geral, as nações africanas precisam abraçar políticas transformadoras. A meta é incentivar o crescimento do setor privado, facilitar as iniciativas empresariais, aumentar o investimento e gerar parcerias duradouras.

Recursos

Ban Ki-moon defende que os investidores precisam notar os benefícios de financiar programas, projetos, empresas e recursos humanos da região.

Nos últimos 20 anos o continente teve um crescimento do Produto Interno Bruto combinado de uma média de 4,7% por ano.

Para o chefe da ONU, apesar da leve desaceleração após a baixa dos preços dos bens básicos, as condições de financiamento mais restritivas e secas em 2015 “África ainda está entre as regiões com o crescimento mais rápido no mundo.”

A outra característica africana é ser um continente jovem, com “uma média de idades abaixo de 20 anos”.

Crescimento

Para atingir a Agenda 2063 da União Africana e "uma África próspera com base no crescimento inclusivo e do desenvolvimento sustentável", Ban defende que se criem milhões de novos empregos de alta produtividade por ano na região.

O secretário-geral considera que acelerar a industrialização e a expansão da capacidade produtiva e de valor é fundamental para sustentar um maior crescimento económico no continente.

Sustentabilidade e resiliência

A mensagem de Ban menciona o Objetivo 9 da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável que destaca a indústria, a inovação e a infraestrutura com foco na sustentabilidade e resiliência.

O representante cita que pesquisas revelam que a produção e a indústria “não são somente as mais importantes fontes de emprego mas também têm um efeito multiplicador positivo.”

O secretário-geral sublinha que todo o trabalho na indústria transformadora pode criar pelo menos outros dois postos de emprego em outros setores.

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Imagem: Reprodução relatório Unido