Iniciativa também pretende que centros urbanos sejam mais resilientes; 68% dos habitantes do arquipélago vivem em cidades; agência da ONU financia capacitação em países lusófonos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Cabo Verde capacita 35 formadores na redução de riscos e resiliência urbana com o apoio do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, ONU-Habitat. As sessões iniciam esta segunda-feira na Cidade da Praia.

A parceria com o governo envolve funcionários da administração central, local e membros da sociedade civil.

Nova Agenda

A ministra cabo-verdiana das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação reiterou o compromisso do arquipélago de implementar os princípios da Nova Agenda Urbana. Eunice Silva Lopes fez as declarações na cidade equatoriana de Quito à margem da Conferência Habitat III.

“As cidades, tanto no nosso caso como em vários casos de países em desenvolvimento, têm crescido de forma desordenada. A própria agenda recomenda que haja intervenções nessas áreas não ordenadas não para cortar, limpar e acabar mas fazer a integração com a participação da população.”

Municípios

Falando da capital cabo-verdiana, a representante da  ONU-Habitat, Janice Silva, explicou que depois das sessões desta semana, os participantes devem liderar formações noutros municípios.

“Cabo Verde é um dos países mais urbanizados da sua região com 68% dos seus habitantes a habitar nas cidades. Daí essa movimentação urbana. E é preciso desenvolver as capacidades para que de facto para que as comunidades, sobretudo os assentamentos informais para que estejam preparados para darem resposta a essas questões de ameaças naturais e antropogénicas que vão acontecendo.”

De acordo com a ONU Habitat, a formação faz parte de um projeto regional de resiliência urbana nos países lusófonos, que é financiada pela agência.

Leia Mais:

Cabo Verde será avaliado pelo Comité da ONU contra a Tortura