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Recorde: Declaração Universal de Direitos Humanos traduzida em 500 línguas

Recorde: Declaração Universal de Direitos Humanos traduzida em 500 línguas

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ONU diz que é o documento mais traduzido do mundo; para alto comissário, “número crescente de traduções ressalta universalidade da Declaração e o poder de suas palavras de ressoarem fortemente em todas as culturas e línguas”.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A Declaração Universal de Direitos Humanos já está disponível em mais de 500 traduções com a inclusão do quéchua, do norte da Bolívia, à coleção. Segundo as Nações Unidas, a Declaração já é o documento mais traduzido do mundo.

Para o alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Al Hussein, o “número crescente de traduções ressalta a universalidade da Declaração e o poder de suas palavras de ressoarem fortemente em todas as culturas e línguas”.

Marco

A Declaração, de seis páginas, é considerada um marco. Ela estabeleceu, pela primeira vez, os direitos humanos fundamentais a serem universalmente protegidos.

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”: assim começa o primeiro dos 30 Artigos do texto.

O Artigo 2 afirma: “todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, seja de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação”.

Recorde Mundial

Em 1999, o livro Guinness dos Recordes nomeou a Declaração Universal de Direitos Humanos o documento mais traduzido do mundo. Na ocasião, o texto estava disponível em 298 línguas.

Esta certificação foi atualizada em 2009 quando o número chegou a 370. Desde então, o fluxo de traduções por governos, instituições da sociedade civil e cidadãos comprometidos continuou.

Universal

Atualmente, o texto está disponível em línguas e dialetos de todo o mundo, da língua abcázia ao zulu. O documento também foi traduzido para as línguas britânica e espanhola de sinais.

A tradução 501 é para um dialeto da língua indígena quéchua falado no departamento de La Paz, noroeste da Bolívia, por cerca de 116 mil pessoas.

O objetivo do Escritório do alto comissário da ONU para Direitos Humanos é partilhar a Declaração com todo o mundo. Qualquer pessoa pode enviar uma nova tradução que não está na coleção para consideração.

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Eleanor Roosevelt segura na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em novembro de 1949. Foto: Arquivo ONU