Para ONU, ataque à escola síria pode ser considerado crime de guerra
Bombardeio no vilarejo de Haas, em Idlib, matou mais de 20 alunos e professores; enviado especial para Educação Global, Gordon Brown afirmou ter sido o pior ataque dos últimos dois anos a alunos no país; o ex-premiê britânico pediu ao Conselho de Segurança que apoie abertura de inquérito pelo Tribunal Penal Internacional.
Monica Grayley, da Rádio ONU.
O secretário-geral das Nações Unidas pediu uma investigação imediata sobre o ataque a uma escola na Síria que matou mais de 20 pessoas. O bombardeio ocorreu em Idlib, considerado uma fortaleza de rebeldes ao governo sírio, no noroeste do país árabe.
Em nota, Ban Ki-moon disse que este e outros atentados devem ser apurados de forma imparcial. As vítimas eram alunos e professores da escola.
Redutos
O porta-voz de Ban, Stephane Dujarric, afirmou que a causa de estes atos horrendos continuarem ocorrendo apesar do choque de todo o mundo deve-se ao fato de que os autores desses crimes não têm medo da justiça. Segundo Ban, eles podem estar tanto em redutos de insurgentes como nos chamados corredores do poder. E é hora de que eles respondam pelos crimes.
Pouco antes da emissão da nota, o enviado especial de Ban para Educação Global, Gordon Brown, também pediu a instauração de um inquérito imediato com o apoio do Conselho de Segurança e conduzido pela promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional, TPI.