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Clínicas móveis de saúde prontas para atender civis que deixam Mossul

Clínicas móveis de saúde prontas para atender civis que deixam Mossul

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OMS pré-posicionou 46 veículos equipados para atender pacientes e 45 equipes em áreas no Iraque consideradas prioritárias; mais de 1,5 milhão de pessoas da cidade estão sem receber ajuda humanitária há dois anos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.*

Em parceria com as autoridades de saúde do Iraque, a Organização Mundial da Saúde, OMS, se prepara para atender os deslocados internos que deixam a Mossul.

A ofensiva militar do governo e aliados tenta recuperar a cidade, que está sendo controlada há dois anos pelo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil. A OMS pré-posicionou 46 clínicas móveis de saúde, 45 equipes e 26 ambulâncias em várias áreas do Iraque consideradas prioritárias.

Doenças

A agência também tem remédios e material cirúrgico para mais de 350 mil pessoas. O representante da OMS no Iraque, Altaf Musani, declarou que mais de 1,5 milhão de pessoas em Mossul não tiveram acesso à ajuda humanitária desde junho de 2014.

Com disponibilidade limitada de água potável e de serviços de saneamento, o risco de doenças aumentou, além do fato das crianças da cidade não terem sido vacinadas há dois anos.

Deslocados Internos

Segundo o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, mais de 10,5 mil pessoas estão deslocadas e precisam de assistência. Esses civis deixaram suas casas devido à ofensiva militar.

O Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, também alerta para outro problema: os riscos ambientais. Recentemente, o Isil incendiou uma fábrica de enxofre, fazendo com que 1 mil pessoas inalassem fumaça tóxica.

O Pnuma afirma também que 19 poços de petróleo foram incendiados e uma estação de água foi afetada pelos combates, levando ao vazamento de gás de cloro. A agência da ONU destaca que a poluição do meio ambiente em Mossul apenas gera mais perigos para a atual crise humanitária.

*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

Photo Credit
Deslocados internos em Qayyara, perto de Mosul, recebem itens de assistência da OIM. Foto: OIM