Banco Mundial aprova US$ 250 milhões para República Centro-Africana
Programa em três anos inclui 11 projetos que combinam ações de estabilização e desenvolvimento; reintegração de ex-combatentes e da população deslocada é uma das prioridades.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Na República Centro-Africana, “recuperação e reconstrução, após a mais recente guerra civil, tomará tempo, vontade política, coragem e perseverância, mas há esperança”, avalia o Banco Mundial.
O órgão ressaltou que após três anos de violência e conflitos civis, a recente eleição presidencial “abriu a porta para um frágil processo de paz”, a ressaltar que, pela primeira vez, os cidadãos têm um presidente e parlamento democraticamente eleitos.
Missão de Paz
O Banco Mundial mencionou que uma operação de paz com 12 mil soldados está em todo o território.
O órgão ressaltou ainda que apesar de “pobreza enraizada e clima econômico e social frágil, as finanças públicas da República Centro-Africana não estão mais em crise aguda”.
Regionalmente, destaca o Banco, “há sinais de uma recuperação na confiança”, com a retomada de voos internacionais ao Quénia e reabertura da estrada a Duala, nos Camarões.
Programas
O órgão afirmou que está a trabalhar com parceiros para garantir que esta estabilidade “frágil e duramente conquistada” seja duradoura.
Recentemente, o Banco Mundial aprovou um programa de US$ 250 milhões em três anos, que inclui 11 projetos que combinam ações de estabilização e desenvolvimento.
Segundo o gerente do Banco na República Centro-Africana, Jean-Christophe Carret, as três prioridades são “gestão de finanças públicas, reitegração de ex-combatentes e da população deslocada, além de criação de emprego através de uma grande reabertura de estradas e programas de agricultura”.
Doadores internacionais
Além disso, o Banco Mundial está liderando, junto com a ONU e a União Europeia, uma Avaliação de Recuperação e Construção da Paz, Rpba.
O objetivo é definir as prioridades do país no curto e médio prazo. O Banco também está participando da preparação para uma Conferência Internacional de Doadores para a República Centro-Africana, que será realizada em 17 de novembro, em Bruxelas.
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