ONU preocupada com reféns do Isil durante ofensiva para retomar Mossul
Monica Grayley, da Rádio ONU.
As Nações Unidas afirmaram que estão preocupadas com a situção dos moradores da cidade de Mossul, no Iraque.
A área está sendo alvo de uma ofensiva militar do exército iraquiano e de aliados para derrubar o controle do grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, que controla a cidade desde 2014.
Minorias
Em comunicado, o alto comissário de direitos humanos Zeid Al Hussein disse que os terroristas do Isil, também conhecido como Daesh, estão usando os moradores como escudos humanos.
Ele saudou a promessa do governo iraquiano de que fará tudo para proteger os civis no meio do fogo cruzado.
Zeid disse ainda que está muito preocupado com mulheres, crianças e homens que são reféns do Isil. Para ele, os moradores que pertencem a minorias étnicas ou religiosas são os que correm o maior risco.
O alto comissário acredita que os terroristas preferem matá-los a libera-los em caso de serem acuados pelos militares iraquianos.
O chefe de direitos humanos da ONU contou que a sua equipe verificou vários incidentes ocorridos desde a segunda-feira incluindo o assassinato de moradores que tentaram enfrentar integrantes do Isil ou que eram considerados suspeitos ou desleais ao grupo terrorista.
Cerca de 200 famílias foram forçadas a caminhar do vilarejo de Samalia para Mossul. Segundo Zeid, os integrantes do Daesh não têm respeito pela vida, e por isso a proteção dos civis recai sobre o governo iraquiano.
Uma outra preocupação é com os moradores que estão sendo obrigados a fugir para localidades ao oeste de Mossul, onde uma milícia xiita está operando, e segundo Zeid é um território controlado pelo Isil.
Para o alto comissário, todas as partes do conflito têm que respeitar as leis internacionais e os integrantes do Isil que sejam capturados devem responder pelos crimes de acordo com a lei.