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OMS considera “altamente provável” surgimento de novos casos de zika na Ásia

OMS considera “altamente provável” surgimento de novos casos de zika na Ásia

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Pelo menos 19 nações da região reportaram presença do mosquito Aedes aegypti; chefe da OMS destaca incerteza sobre nível de imunidade da população regional; especialistas da agência estão reunidos esta semana em Manila, nas Filipinas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização Mundial da Saúde, OMS, está preocupada com o possível alastramento do vírus zika na Ásia e Pacífico. A revelação foi feita na reunião do Comité Regional da Organização Mundial da Saúde, que decorre esta semana em Manila, nas Filipinas.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, revelou que especialistas ainda procuram formas de lidar com o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O vetor foi detetado em 70 países do mundo e em 19 nações da região da Ásia e Pacífico.

Novos casos

Num relatório apresentado na reunião, a agência revela que o anúncio de novos casos ainda é “altamente provável” e possivelmente de mais surtos.

Entre as principais razões estão a grande presença do Aedes aegypti na região onde também é registado um grande número de viagens. Há ainda incerteza sobre o nível de imunidade da população regional.

Respostas

Chan disse que infelizmente, os cientistas “ainda não têm respostas para muitas questões críticas” em relação ao vírus.

Um plano de ação regional pretende combater a doença, maximizar e melhorar os recursos e abordar a prevenção e controle sustentável.

Através da sua Divisão de Segurança da Saúde e Emergências, e da Divisão de Suporte Técnico do Pacífico, a OMS trabalha para reforçar a resposta regional, especialmente para abordar surtos na Ásia e Pacífico.

Complicações

A agência disse que vai continuar a ajudar a reforçar os sistemas de saúde para identificar e gerir casos de zika e as suas possíveis complicações.

As outras ações serão para controlar os vetores em indivíduos e comunidades com vista a reduzir a densidade dos mosquitos que carregam o vírus, na esperança de travar a propagação.

*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

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Photo Credit
Mosquitos Aedes aegypti. Foto: Aiea/Dean Calma