Banco Mundial reafirma crescimento mais baixo em duas décadas em África
Estudo prevê avanço de 1,6% em 2016; condições económicas adversas, preços baixos das matérias-primas e restrições de financiamento devem ser principais fatores; Etiópia, Ruanda e Tanzânia mantêm crescimento anual de 6%.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Banco Mundial publicou esta quinta-feira um relatório que prevê “o mais baixo crescimento da economia de África em mais de duas décadas”. O desempenho vai registar uma baixa para 1,6%, dos 3% ocorridos em 2015.
A diminuição acentuada deve ser o reflexo das dificuldades nas maiores economias da região, dos preços baixos das matérias-primas, das condições de financiamento restritivas e das incertezas políticas internas.
Recuperação
Entretanto, nações como Etiópia, Ruanda e Tanzânia continuam a registar um crescimento anual médio de 6%. Esses sinais de resiliência são observados em cerca de um quarto dos países africanos.
As previsões apontam para a continuação dos riscos. A nível externo estes incluem a lentidão da recuperação dos preços dos bens básicos, condições financeiras globais mais apertadas e preocupações de segurança.
Crise Global
O desempenho africano na sequência da crise financeira global não tem sido tão alto como na fase pré-crise, refere o documento.
O relatório recomenda que seja aumentada a produtividade agrícola para transformar as economias da África Subsariana.
As outras questões fundamentais para o continente têm a ver com os gastos dos países para os quais a proposta é abordar a qualidade da despesa pública e da eficiência do uso de recursos.
*Apresentação: Michelle Alves de Lima.