Somália: novo assassinato faz subir número de jornalistas mortos para 31
Abdiaziz Mohamed Ali é o segundo jornalista vítima de morte violenta este ano no país; profissional da Rádio Shabelle foi atacado por homens armados não identificados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A morte de um jornalista somali da Rádio Shabelle elevou para 31 o número de profissionais da informação que foram assassinados desde agosto de 2012 em território somali.
Esta quarta-feira, o representante especial do secretário-geral para a Somália, Michael Keating, condenou fortemente a ação contra Abdiaziz Mohamed Ali. O segundo jornalista somali vítima de morte violenta foi atacado por homens armados não identificados.
Comunidade Internacional
Keating destaca qualidades do jornalista “inquisitivo, experiente e engenhoso que cobria regularmente conferências de imprensa da comunidade internacional em Mogadíscio”. A estação onde trabalhava é uma das principais da Somália.
O representante considera que a morte “representa uma grande perda para a comunidade jornalística do país do Corno de África.
Responsabilização
Após endereçar condolências à família da vítima, o enviado recorda um estudo da ONU sobre o direito à liberdade de expressão que descreve a Somália como "um ambiente operacional perigoso" a afetar jornalistas e trabalhadores da media.
Em 2015, o pais foi considerado o pior do Índice Global da Impunidade do Comité para a Proteção de Jornalistas que acompanha a falta de responsabilização por crimes contra os profissionais da área em todo o mundo.
A nota encerra com um pedido de um maior esforço das autoridades somalis para levar os responsáveis do crime à justiça.
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