Américas torna-se 1ª. região do mundo a erradicar o sarampo
Organização Pan-Americana da Saúde, braço da OMS no continente, diz que último caso endêmico foi notificado em 2002; provas da eliminação da infecção foram entregues à agência entre agosto de 2015 e 2016.
Monica Grayley, da Rádio ONU.
A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, anuncia nesta terça-feira que o sarampo foi erradicado das Américas. Com isso, a região se torna a primeira do mundo a eliminar a doença altamente contagiosa.
A conquista ocorre após 22 anos de esforços para acabar com a doença. Em 2014, cerca de 115 mil pessoas morreram em todo o mundo. Uma média de 13 óbitos por hora.
Casos importados
Segundo a Opas, o braço da Organização Mundial da Saúde no continente, foram notificados em alguns países casos importados de sarampo.
As provas sobre a erradicação nas Américas foram entregues ao Comitê Internacional de Especialistas para a Documentação e Verificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita, entre agosto do ano passado e deste ano.
Em 2015, a Opas anunciou o fim da rubéola e da rubéola congênita no continente. Com a erradicação do sarampo, as Américas passam a ter cinco doenças eliminadas de seus países, que podem ser prevenidas através de vacinas.
Contato direto
Entre 2000 e 2014, a vacinação contra o sarampo ajudou a evitar mais de 17 milhões de mortes pelo globo. O sarampo é causado por um vírus da família paramyxoviridae que é transmitido através do ar ou de contato direto. O vírus afeta as membranas mucosas e se espalha por todo o corpo.
Os sintomas são febre alta, dores pelo corpo, tosse, vermelhidão nos olhos e coriza. O sarampo pode durar de quatro dias a uma semana. Após o terceiro dia, o paciente começa a ter erupção cutânea.